Caros visitantes,

espero que vocês divirtam-se muito lendo minhas palavras. Peço, porém, por ser esse um trabalho independente, que não republiquem meus textos - inteiros, partes, frases, versos - sem minha expressa autorização. A pena para crime de plágio é dura, além de ser algo bastante humilhante para quem é processado. Tenho certeza que não terei problemas com relação a isso, mas é sempre bom lembrar!

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terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Eu certa ouvi uma voz
Vinda de lugar nenhum
Contar-me histórias
De um velho garoto
Dizia-me o tal menino
De muito longe tinha vindo
E muito tinha pra contar
Revelava seus segredos
Na beira de nosso mar
O tal homenzinho
Tinha voz de maré baixa
E dia ter sido abandonado
Pelo pai plebeu
Dizia ser ele do povo das águas
Do mais profundo escuro oceano
E eu tentava, com esforço sobrehumano
Entendê-lo
Seus olhos eram velhos
Mas brilhavam tanto como
A lua em dia de cheia
Poucas palavras falava-lhe
E faltavam-lhe
O sol fazia mal à sua pele
Se representava? Eu não sabia.
E falava o garoto
Falava, falava, falava
Em mim lágrimas brotavam
Tanto que secaram minha visão de tempo
O menino sorriu
E seu sorriso pra mim soou e seria
Como o amanhecer
Abri meus olhos de peixe
E estava transformado
Quem pode ser condenado
Por amar alguém em demasiado?
Amei o menino como a um filho
Suas escamas eram minhas agora
O solo veio a mim se despedir
E o mar veio me cortejar
Eu o vejo passear
Está feliz
Estou feliz
Vez por outra ele aparece
E hoje aqui estou
E apenas peço que me deixe
Tranqüilo
Em paz
Peixe.

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