Caros visitantes,

espero que vocês divirtam-se muito lendo minhas palavras. Peço, porém, por ser esse um trabalho independente, que não republiquem meus textos - inteiros, partes, frases, versos - sem minha expressa autorização. A pena para crime de plágio é dura, além de ser algo bastante humilhante para quem é processado. Tenho certeza que não terei problemas com relação a isso, mas é sempre bom lembrar!

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terça-feira, 23 de setembro de 2008

Pra Ti

Derramei algumas lágrimas no caminho de volta pra casa
Confesso
Os pensamentos passando pela mente
Tão rápidos quanto as rodas do carro
e tortuosos e sinceros como nossa conversa.

Eu penso em você
O vermelho do sol poente me lembra você
E um nariz de palhaço

Eu queria andar de bicicleta, comer de bandeja,
Saber a diferença de um rato e um macaco
Conversar sobre os ovos que se quebram
e o cego mascando chiclete
Dormir na rede e correr na praça
E ouvir a coruja
Com você

São tempos difíceis, eu sei,
E amar é deixar ir, deixar partir,
Mas é duro te ver escorrendo das mãos
E sobrar a lembrança do que não tivemos

Pensamentos mutuamente diferentes e iguais
Massagem de mão, anéis
Confusão, confusão

Tem coisas que falo pra ti que nem falo pra mim
É fonte, é vida, minha e tua vida
Nem sei onde começa e termina nossa conversa
Tem coisas que falo pra ti que nem falo pra mim

Sarais, shows, peças,
E na platéia, seu olho iluminado
Você me amanhece o dia
Refúgio de fofocas, alguém pra correr nas horas tristes
E nas alegres também
Alguém de quem falar, pra quem falar, beijar, abraçar, ouvir

Entendo
Eu penso que entendo
É pena, mas me faço passarinho
E te espero em meu ninho
Se essa imagem te agradar

Se não, crio um mundo novo, só por ti

Durmo e penso

Só queria te chamar de “Gati”

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Pecado

"Eu não sei se é proibido
Se não tem perdão
Se me leva ao abismo
Eu só sei que é amor

Eu não sei se este amor é pecado
Que tem castigo
Não sei se é desobedecer as leis honradas
Do homem e de Deus
Eu só sei que me atordoa a vida
Como um redemoinho
Que me arrasta, me arrasta
A teus braços em cega paixão

É mais forte que eu
Que minha vida, meu credo e minha sina
É mais forte que todo o respeito
E temor a Deus

Ainda que seja pecado
Te quero, te quero mesmo assim
E ainda que tudo me negue o direito
Me agarro a esse amor."

Canção de Carlos Bahr e Pontier y Francini, Argentina, 1975. (tradução minha)

Frenia

Meus pensamentos borbulham em mim
Como ponche em uma festa dos anos 50
De fato, até um retrato me muda
Uma raiva surda ou tristeza chorosa

Também alegre vejo que os problemas
Nem são tão problemáticos assim
Os sorrisos me derretem
E eu adoro

Rainha da Neve me esquenta
Dama do Verão me esfria
E a vida não é nada
Como contos de fada

Adoro saber que me amam
Preciso ouvir que me amam
Diga que me ama
Só se você amar mesmo

Solos de guitarra me animam
E os cabelos vermelhos me torturam
Se misturam aos meus
E ela não pode ser minha, ainda
(mas dá vontade)

Tori, me ajuda,
você também tem cabelos vermelhos
E eu ouso tocar piano
E a rosa despetalou no jardim

Ainda bem que sou poeta.

Puzzle

Here they come
Close your eyes and see
As Joyce said
The small big sins of our life
Dreadful sin

To die and love and live young
With maybe Jesus by my side
(the wild one)
And hands on a cigarette

Keep off the grass
And hang on

Hung the Dj, you prick
Hung the gossipers and
Let them burn to death

So untouchable, unbeliever
Just like a child crying
In a closed bedroom

Can I come closer?
To fulfill your emptiness
Smile like the flag in the wind

Here they come
The ruby, the golden
The Diamond Dogs.

domingo, 14 de setembro de 2008

Colo

Às vezes eu sinto uma tristeza profunda
Que vem não sei de onde e se instala
Corroendo todo meu ser

E as lágrimas se misturam na comida
Dando a ela gosto de sal do mar
Do mal

A minha alegria é delicada
Tenho que cuidar bem dela
Pois precisa pouco para derrubá-la
E ela se despedaça

Essa coisa de artista é karma e maldição
É bom por sentir tudo intensamente
É ruim por sentir tudo intensamente

Minha mente é fértil e atormentada
Viajo nas minhas próprias viagens
O mundo é muito mais simples do que vejo
E não consigo ser de outro jeito

Queria tanto alguém que ficasse ao meu lado
Que abrisse meus olhos e dissesse que me ama
E me entendesse

Cansei de juntar pessoas
E elas, juntas, me esquecerem
Cansei de dar idéias e não levar crédito
Cansei de dar colo e não receber de volta

Tenho fases e frases, sou de lua
Quem me ama, sabe
E esse é o problema
Amar

Estou sozinho
Solidão
Solitudine
E tenho um milhão de amigos.

Sou companheiro, gosto de gente
Mas sou temperamental
Assumo
Não fico em um espaço em que me sinta mal
Tento por um tempo, mas tenho meu limite

Não quero forçar ninguém a ser o que não querem
Nem quero que me façam isso

Às vezes me acham estranho
Sou mesmo
Às vezes acho que nem sou daqui
E outras vezes que sou muito daqui

Quero viajar e me voltar
Hoje quase bati o carro
Ia virar uma página virada na vida das pessoas

E o vermelho não me sai da cabeça.

Eu preciso conversar
Libertar essa tristeza e raiva de mim
Que me faz mal

Queria só falar e que alguém me ouvisse
E não me julgasse

Preciso de colo.
Preciso de cor.