Caros visitantes,

espero que vocês divirtam-se muito lendo minhas palavras. Peço, porém, por ser esse um trabalho independente, que não republiquem meus textos - inteiros, partes, frases, versos - sem minha expressa autorização. A pena para crime de plágio é dura, além de ser algo bastante humilhante para quem é processado. Tenho certeza que não terei problemas com relação a isso, mas é sempre bom lembrar!

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terça-feira, 10 de maio de 2011

Série: "Irritaciones" - parte 1

Para início de conversa, meus intrépidos, destemidos e valorosos leitores (escrevo assim mesmo, no plural, na crença de que milhares e milhares de pessoas irão ler esse texto), é necessário que saibam que sou uma pessoa calma. Relativamente. Nem sempre. Tenho acessos de fúria teatrais, saídas triunfais e frases banais. Como todo mundo, acho eu. O que importa é que sou, na maioria do tempo, calmo e sereno. Ciumento, neurótico, chato, podem dizer por aí, mas é tudo intriga da oposição.
Apesar dessa minha condição de calmaria, existem muitas coisas – pequenas e/ou por vezes vistas como desimportantes ou desinteressantes – mas que podem me irritar e muito. Penso em escrever esse texto já faz algum tempo e sempre me lembro de grupo de tirinhas do grande Angeli – pai da saudosa Rê Bordosa (se você sabe do que eu estou falando, certamente tem mais de vinte anos) – em que ele mostrava duas coisas que o irritavam e uma que ele adorava. Pensei em fazer o mesmo e escrever alguns textos com essa temática. Aumentei para quatro coisas. Três que me irritam e uma que eu adoro. Com sorte vocês se identificaram com alguma, algumas ou todas elas.
A temática do texto de hoje será lojas em geral, principalmente as de shopping.

1. Entrar em uma loja e ninguém te atender.

Tenho alguns amigos lojistas e eles podem se irritar com o que eu escrevo, mas primeiro preciso esclarecer. É claro que quando a loja tem poucos funcionários e eu vejo que estão todos ocupados, não tem problema. O que me irrita é entrar em lojas e os funcionários ficarem lá conversando, completamente ignorando minha presença. Eu geralmente saio da loja e vou comprar em outro lugar. E ainda olho bravo. E bufo.

2. Vendedor que fica na orelha tentando vender cinto de couro de girafa do Amapá.

Ou qualquer outro Estado/País. O que importa aqui não é o produto em si, mas a insistência. Veja, geralmente, comprar roupas é um evento na vida de um homem que deve ser rápido e certeiro. Usamos basicamente o mesmo tipo de cinto, camisa, calça, sapato etc. Não precisamos testar o novo sapato mega master plus power que a loja acabou de lançar. Não quero. Não precisamos de uma camisa de duas cores, com um cachecol que combina com a cor do sapato. Não quero. Não preciso de uma pasta nova feita de cérebro de macaco alemão. Não quero, raios! A insistência é o que nos faz querer esganar os vendedores todos... mentalmente.

3. A música que toca em lojas de departamento.

Quem me conhece sabe que não sou exatamente baladeiro. Saio com os amigos, vou a bares, shows, cinemas e tal tal tal. Ok. Não sou, porém, o tipo do cara que fica juntando dinheiro para ir em todas as baladas da cidade. Não sou. E não acho que isso seja um problema. Então por que toda vez que eu entro em uma dessas lojas, eu sou obrigado a ouvir essa música putz putz? Isso vai me sentir mais descolado? Mais dentro da moda? Mais... Mais... Mais o que, pô? Eu tenho dó dos atendentes. Alguns estão curtindo, mas tenho certeza de que outro preferiam ouvir pagode. Nesse caso tenho que admitir que prefiro a música de balada...

4. Encontrar cds, livros, discos fantásticos a preço de banana nanica. (Isso eu adoro!)

Eu assumo. Eu sou rato de loja. Se estou interessado – por exemplo, livrarias, lojas de cd, dvd e afins – posso ficar horas lá dentro. Checando as novidades, ouvindo coisas velhas, sonhando com as caixas que talvez nunca vá ter, os boxes de filme que eu queria, achando presentes para pedir de aniversário, natal, páscoa, dia das crianças (não custa pedir...). Algumas vezes as lojas fazem saldão ou então colocam um monte de coisas em gôndolas de preços baixos. Eu me comporto feito mulher em feira de artesanato. Quero comprar tudo, tudo pode ser interessante, tenho milhares de idéias de presentes e vai vai vai. As pessoas já sabem disso e ninguém me acompanha. Ou então vão fazer outras coisas enquanto eu fico lá pirando nas descobertas. Acho que pela minha paciência e determinação ao olhar produto por produto, às vezes os deuses do consumo me presenteiam com alguma raridade: um livro super legal barato, um cd que eu estava procurando, um filme que eu nem sabia que tinha saído em dvd. Não titubeio e compro. Afinal, não é sempre que ganhamos presentes dos deuses, certo?

Bom, esse foi o primeiro da série. O próximo virá talvez na semana que vem, nunca se sabe, e será sobre trânsito. Comente, compartilhe suas idéias comigo. Um grande abraço para meus fiéis leitores!

2 comentários:

Laura disse...

O que me irrita numa loja em meu ponto de vista feminino é ter que convencer a tal da vendedora de que eu realmente ñ fico ótima nessa calça tamanho 38 que custa 150% além do meu orçamento. Não me interessa se é o visu da moça da novela; eu nem vejo novela e ela ñ cabe e pronto, que coisa! Na verdade tudo o que eu queria era comprar uma blusinha...

Em compensação, pra inverter o mau-humor é bem fácil... É só abandonar a pessoa aqui na FNAC, Saraiva, Cultura, loja de CD´s, redutos de vinil, sebos com obras cheias de histórias pra contar e pronto! Ah, lojas de brinquedos são bem legais também se vc puder mexer em tudo que nem criança!

Dica: Se quiser fugir dos putz putz vá ao centro da cidade... Pagode, axé, funk e uma diversidade de ruídos que vão fazer vc implorar pelas versões eletrônicas!
Avise qdo sair a parte II, ok?!

Paula Dell'Avanzi disse...

Ha! adorei principalmente a de achar cds e livros, porque eu sou o tipo que vasculha todos os sebos, livrarias e afins, acho que sebos pra mim são quase uma prostituição rsrs. outro dia tive a sorte de achar um livro da minha tataravó num deles, e então estou feliz até o fim dos séculos. Agora quer fugir de vendedores chatos? vá a um brechó, ultimamente tenho feito aquisições incriveis neles.