Caros visitantes,

espero que vocês divirtam-se muito lendo minhas palavras. Peço, porém, por ser esse um trabalho independente, que não republiquem meus textos - inteiros, partes, frases, versos - sem minha expressa autorização. A pena para crime de plágio é dura, além de ser algo bastante humilhante para quem é processado. Tenho certeza que não terei problemas com relação a isso, mas é sempre bom lembrar!

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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Faca

Procurava idéias para um poema
E andava pelas ruas de Paris sentindo o vento no rosto
Buscava sensações que ainda não tinha sentido
E parou em uma esquina

Olhou de canto de olho
Respirou fundo
Aquietou-se
Não era para estar ali

Viu o homem encostar a faca na moça
E pedir a bolsa e mais outro algo em francês
E ficou olhando, não moveu um músculo sequer
E teve medo, medo que lhe percorreu a espinha como raio

O homem correu
  (com a bolsa, documentos, dinheiro, tudo)
- e ela nem era francesa -
Se deu bem

A moça lá desconcertada
E ele cá sem saber o que fazer
Falou com ela em francês, ela chorava
Falou com ela em inglês, ela desesperava-se mais ainda
Falou com ela em português e ela abriu um sorriso possível no meio daquele momento sombrio

Foram para a polícia
Descreveram o meliante (ou Meliès?)
Deram os nomes e foram embora
Eles já não podiam fazer nada e nada mais tinha sentido

Nem esse poema

C'est la vie!

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