Caros visitantes,

espero que vocês divirtam-se muito lendo minhas palavras. Peço, porém, por ser esse um trabalho independente, que não republiquem meus textos - inteiros, partes, frases, versos - sem minha expressa autorização. A pena para crime de plágio é dura, além de ser algo bastante humilhante para quem é processado. Tenho certeza que não terei problemas com relação a isso, mas é sempre bom lembrar!

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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Escritos, lembranças...

Eu sempre escrevi pra mim mesmo. Era um exercício pessoal, introspectivo. Escrevo desde sempre, eu acho. Sempre fui, artisticamente falando, bastante atirado. Nunca nada me impediu de tentar. Aprendi dois acordes no violão e já estava fazendo músicas com meu primo Gustavo Brito. Mal sabia eu que se tivesse aprendido um a mais já conseguiria tocar metade das músicas de rock e punk, hehe.
Acho que morar em casas com muitos livros e livros em todos os cômodos fez com que as palavras tivessem um lugar especial na minha vida. Sempre gostei de ler e lia coisas que não eram para a minha idade pelo simples prazer de ler. Muitos anos depois eu ouvi que o Saramago fazia a mesma coisa e pensei: “puxa, espero que algum dia eu escreva tão bem quanto ele”. Mesma coisa com o inglês – assim que tive minha primeira aula no colégio (my name is... hello...) eu já pegava a “Time” para ler artigos e não entender nada, claro. Às vezes eu sabia uma palavra ou duas, mas isso não impedia de ficar lá, lendo, lendo.
Saber que as pessoas gostam do que eu escrevo é algo mais recente. Escrevi uns contos quando era moleque e passei pro povo da família e vários disseram que eu escrevia acima da média. Sempre achei que isso fosse paparico pra não me deixar triste e não dei muito bola. Depois passei a ouvir de professores e gostei. Lembro inclusive de estar no colégio, tendo aula de Português com uma professora chamada Elizabete Hein. Estudávamos as propostas de redação de vestibulares e escrevíamos um texto por semana ou por quinzena, não lembro bem. Aí escrevi “Melodia Noturna”, um texto estranho, meio dark, que vou publicar aqui algum dia, talvez até no próximo post. O texto tem uma construção de personagem muito interessante, uma pessoa calma e pacata que se torna assassina. A Bete sempre pedia para que nós lessemos nossa produção para classe e vira e mexe eu era o escolhido. Lembro dos meus colegas pararem de fazer seja lá o que estivessem fazendo para me ouvir ler. E lembro também da expressão deles e da professora enquanto eu lia e tudo no texto se tornava mais estranho. E gostei disso. Provocar emoções.
Provocar emoções sempre foi um objeto de estudo vital. Fazer rir, fazer chorar, fazer emocionar, todo um rol de emoções que eu gostava de provocar nos meus amigos e familiares e gosto até hoje. Durante anos mantive no MSN o apelido cafonérrimo de “Compositor de Emoções”. Até hoje não faço a menor idéia de onde raios tirei isso, mas de uma forma ou de outra, isso explica um pouco do que eu gosto de fazer. Se não em pessoas, com certeza em personagens. Trabalhar a dor, a alegria, o desejo, em histórias quaisquer é muito bom e muito forte.
Ter feito teatro muitos anos me ajudou a entender o ser humano, suas reações, seus medos e preocupações. Ter feito Letras só agregou conhecimento e base de análise. Quem sou eu para falar de ser humano? Um pivete moleque chato metido a escritor? Talvez, mas tenho certeza de que posso entender o ser humano e todos podemos porque somos, afinal, humanos.
Aí decidi que queria escrever, claro, e queria também que os outros lessem. E criei meu primeiro blog – Ser que Ama – que ainda está ativo e o link está aqui do lado. Escrevi lá por um bom tempo e gostava de ter meus textos comentados. Me sentia importante e me sinto ainda, toda vez que alguém comenta o que escrevo, tanto nos comentários do site como ao vivo. Por um motivo besta (esqueci o raio da senha), não consegui deletar o outro blog e nem mais postar. Aí fiz esse aqui, o Ziggy, meu querido Ziggy. Esse blog é um dos meus xodós e os textos que escrevo aqui são pensados, escritos, montados com muito carinho, mesmo que muitas vezes o computador me dê vários bailes.
E fui ouvindo de várias pessoas que elas eram minhas fãs. Fãs do meu violão, do teatro eu gostava de saber, claro, mas fãs da minha escrita – isso foi o que me deu prazer maior. Eu acho que escrevemos, como diz a grande maravilhosa Clarice, que escrevemos para salvar a vida de alguém e talvez até a nossa própria vida, mas claro que queremos ser lidos. Lidos, admirados, publicados, comprados, transformados em filme, hehe. E saber que eu tinha fãs me deu uma sensação de dever cumprido. Quer dizer aquilo que começou como algo pessoal, solitário, assim o continua, mas pelo menos agora tenho pessoas para lerem meus contos e gostarem. E pedirem mais. E perguntarem porque não ando postando no blog.
Minha namorada, Karina, é uma delas. Ela sempre me pergunta onde estão os textos novos, e os poemas, e faz comentários sobre eles. Ela tem uma tendência a gostar dos textos mais estranhos, até os mais violentos que eu ficava meio culpado de escrever. Agora sei que mesmo esses tem uma fã e isso me deixa mais livre pra escrever e escrever e escrever. Ela agora assumiu esse blog também e está me ajudando a deixá-lo cada vez melhor. O banner novo, as cores novas, as formatações, organização, tudo isso é mérito dela! Eu, particularmente, acho que está tudo lindo! E estou muito orgulhoso de ver esse blog cada vez mais bonito.
Queria fazer um agradecimento a todos vocês que me acompanham, que torcem por mim, seja na literatura, na música, no teatro, que lêem as minhas coisas ou escutam minhas músicas ou vão me ver nos palcos (que eu ando meio afastado, mas ainda posso voltar). É tão bom saber que gente que está longe continua me acompanhando e comentando, assim como as pessoas que estão mais perto.
Queria fazer aqui também um agradecimento especial a Karina, meu amor, por ter transformado esse blog em algo ainda mais legal e ainda mais bonito.
Eu estou curtindo muito as mudanças todas e vocês? Já leram o blog hoje?


Saudações!

R.

Ps: Quer entrar em contato comigo e não sabe como? Fácil. Mande um email para ricamaciel@gmail.com que eu respondo o mais rápido que der, ok?

4 comentários:

Crismochetti disse...

Adorei as modificações do blog. Parabéns pra vc.

Karina Mochetti disse...

Eu? Sua fã? Quem disse??? Acho q estão mentindo pra vc, meu escritor favorito! ;-)

Natasha Neves disse...

Ao ler esse texto, passou um filme em minha cabeça sobre você!!! Como sinto saudades das nossas manhãs! beijos,Ric!:)

Paula Dell'Avanzi disse...

provocar emoções... isso é genial.