Caros visitantes,

espero que vocês divirtam-se muito lendo minhas palavras. Peço, porém, por ser esse um trabalho independente, que não republiquem meus textos - inteiros, partes, frases, versos - sem minha expressa autorização. A pena para crime de plágio é dura, além de ser algo bastante humilhante para quem é processado. Tenho certeza que não terei problemas com relação a isso, mas é sempre bom lembrar!

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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Confissões de um Escritor

Dizem os católicos que as pessoas devem se confessar com uma certa freqüência. Não sei, porém, qual é essa freqüência, até por que acredito ser esta uma palavra amplamente relativa. O que é freqüente para mim pode não ser freqüente o suficiente para outro. Tenho certeza que as carolas se confessam muito mais do que aquele cara que fez primeira comunhão há milhões de anos e nunca parou para pensar nisso e ainda sente-se ridículo na fotografia, ajoelhado, segurando uma vela.
Não pretendo aqui entrar no mérito da confissão; se ela deve existir ou não, se deve ser abolida, se não poder ser abolida, “imagina!”. Isso é assunto para religiosos, igrejas e fanáticos. Quero dizer que, não sendo católico, não tenho por hábito me confessar (para? com?) alguém que é tão pecador quanto eu. Sei que vão me dizer que os padres são ungidos com o toque divino e tudo o mais – e até acredito que sejam mesmo – mas depois de todas essas notícias de pedofilia e violência não consigo evitar o fato de ficar com o pé atrás.
Resolvi então fazer graça com isso e me confessar com vocês, meus enigmáticos, inteligentes, lindos e graciosos leitores. Talvez vocês possam compartilhar seus anseios e angústias e rir do ridículo do que escrevo. Algumas tem relação com o ato de escrever, outras com comportamentos e outras ligam o nada a coisa nenhuma. (Nossa, isso é que é uma frase de efeito... Vou falar umas três ou quatro coisinhas e pronto, gente, calma, senão vocês vão ficar lendo isso até semana que vem!)

1. Eu como comida que cai no chão.

Não é também generalizado, não é qualquer coisa. Estou lá, de madrugada, morrendo de fome, corro até a geladeira e acho um pedaço de pizza de três dias atrás (ou seja, nova). É um pedaço de pizza de abobrinha. Sorrio amarelo e fico me perguntando quem diabos pede pizza de salada (uma das minhas dúvidas eternas). Resolvo esquentar a pizza e comê-la, ao menos para saciar minha fome. Pego o prato, lavo os talheres, ponho no forno de microondas. Está quente. Corto um pedaço com o garfo e ele, por ironia do destino, cai no chão. Depois de todo esse trabalho, vocês realmente acham que eu vou jogar fora aquele bravo pedaço? Eu, não, violão. Pego o pedaço com o garfo, assopro e continuo comendo.

2. Já assisti ao clipe do Justin Bieber, “Baby”.

Sim, já, aham. O motivo alegado foi ter muitos alunos adolescentes, que eram super fãs do carinha e tal e tal. É sempre bom ter alguém para falar mal no meio musical e todos esses pop hiper-fabricados, como diria o Moby, do mesmo estilo – Rebecca Black, Justin Bieber, Selena Gomez, Britney Spears, Rihanna e sei lá mais quem – servem muito bem para esse propósito. O problema é que eu curti a música desse energúmeno de dezessete anos com voz de doze. A batida é legal e a letra chega a ser engraçada de tão ridícula. Enfim, não me sinto orgulhoso disso, mas assisti o tal clipe umas quatro vezes seguidas. (Eu sei, eu sei, vou me penitenciar!) Se vocês já devem estar furiosos com essa traição ao rock’n’roll e à música brasileira, nem vou falar que tenho um disco duplo inteiro da Lady Gaga no pendrive.

3. Eu falo de livros que não li.

Algumas pessoas já desconfiam, outras tem uma idéia, outras não fazem idéia, mas podem ter certeza que eu não todos os livros dos quais eu falo. Eu sei informações sobre eles porque já ouvi pessoas falando sobre eles, já li resenhas, já li wikipeadia e tudo o mais. Não acho que é exatamente um pecado, mas é uma confissão de qualquer jeito.

4. Não gosto de praia.

Ah, vai, eu até gosto e tal, mas tenho a maior preguiça de todas as preparações – arrumar mala, viajar até lá, passar filtro solar (ou equivalentes), andar até a praia, voltar da praia, essas coisas – só de pensar nisso já fico cansado. Apesar de tudo isso, não há nada como ficar tomando água de côco, no sol, lendo um livro ou tocando violão ou simplesmente lagarteado – como dizem os gaúchos – ato que consiste em não fazer absolutamente nada, só deixar o sono (não tenho certeza de como e quando os lagartos dormem, mas com tantos gaúchos na família, nunca contestei a tal expressão).

5. Não gosto de chocolate.

Tinha uma época que eu nem pensava em comer chocolate. Simplesmente não gostava. Quando era criança até comia bastante, mas depois de ficar um ano e meio sem comer chocolate, côco e camarão, por conta da bronquite e de um novo tratamento, acabei perdendo o gosto. É uma certa birra, na verdade, porque acho que tudo fica com o mesmo gosto. Às vezes compro um mousse de morango que parece delicioso. Quando vou comê-lo, aquele gosto de chocolate (veja bem: a quantidade é quase imperceptível) toma conta de todo o paladar. Passei um tempo sem colocar nada de chocolate na boca – o que foi bom porque é muito gorduroso e isso não faz bem para a voz e preciso dela para todos os meus intentos profissionais e culturais (ator, cantor, professor). Hoje em dia como um pouco aqui e ali, mas pouco perfeitamente ficar sem. Por meses e até anos.

6. Não gostava de Pink Floyd, David Bowie e Senhor dos Anéis.

Pois é. Quem me conhece hoje pode não acreditar, mas durante muito tempo eu não gostava de nenhuma dessas três coisas. Meu amigo Leandro de Marco me emprestou um cd do Pink Floyd que ficou meses comigo e eu nem me dei o trabalho de ouvir, porque já sabia que não ia gostar – ou pelo menos era isso que eu achava. Hoje é uma das minhas bandas favoritas. Mesma coisa com David Bowie. Fiquei com o Ziggy Stardust durante quase um ano e só ouvi uma vez. Depois de muito tempo que é que me deu o estalo da maravilha que eu tinha na mão – não lembro bem o que me fez olhar David Bowie com outros olhos, acho que foi assistindo o filme “Furyo – Em Nome da Honra”. Hoje também é um dos meus maiores ídolos. O mais recente de todos é os filmes do Senhor dos Anéis. Li todos os livros na época da febre, mas devo confessar que quando acabei o último não tinha mais paciência para tantos nomes. Ficava confuso em saber quem era do bem, quem era do mal e dizia que o tal Frodo e o tal Sam tinham é um caso gay secreto. Semana passada fui nas Lojas Americanas em um saldão de um dia. Em meio a vários produtos inúteis em promoção, achei algumas coleções de DVDs por preços baixos. Uma era a dos Senhores do Anéis. Seis DVDs por vinte reais, achei justo e comprei pelo curiosidade. Vi algum dos filmes no cinema, mas tenho certeza que dormi por não estar entendendo nada. Acabei de ver o primeiro filme e estou maravilhado. Realmente Peter Jackson, o diretor, e os atores fizeram um trabalho fantástico, obviamente também considerando toda a parte técnica, cenográfica, trilha sonora. Muito bom mesmo. Confesso que falava mal dessas coisas todas sem conhecer. O que é uma grande bobagem, certo?

Chega? Cansaram das minhas confissões? Eu devo ter mais coisas para falar, mas agora já esqueci. Vamos deixar assim por enquanto. Se lembrar de mais alguma que eu ache que valha a pena escrever, faço outro texto.

E você? Vai se confessar hoje?

6 comentários:

L. disse...

Ok, vamos lá...
Ñ frequento o confessionário (de verdade) há milênios, mas deveria. Não gosto da Banda Mais Bonita da Cidade e nem de Glee (mas já vi todas as temporadas), e também ñ gosto de praia (Sim, sou uma baiana fajuta). Sei dançar axé e sambo muito bem obrigada, mesmo que esse dom fique restrito às festas de formatura... E eu gosto de Hanson! Gosto e acho lindo e fico muito triste por não ter todos os CDs... Ainda! #prontocontei

Thacia Carpenter disse...

Eu não devolvo a comida se eu vejo um cabelo nela. Eu compro mais livros do que tenho tempo de lê-los, só pq gosto de ver a prateleira cheia. Eu sempre fui fã de carteirinha dos Backstreet Boys. Eu gosto de falar sozinha, em português e inglês. Minha séria favorita sempre foi Dowson's Creek e ao contrário de vocês eu amo ir a praia =)

Dri disse...

Ahá, vc finalmente assumiu que curte o Justin Bieber!!! hehehe
Faltou confessar tbm que vc curte Mariah e não lava o pé! :p

Vamos lá confessar tbm... vejamos... eu tbm não curto praia! Sou muito mais um lugar verde, c/ árvores, bichos; não gosto de jeans, não uso, pq esquenta d+ no calor, e é mega gelado no frio; não gosto de Coca, só bebo "socialmente", qdo não tem outra opção; eu curtia Spice Girls, Backstreet Boys, N'Sync, e se ouço qquer música deles hj, canto junto na maior empolgação!!! hahaha

Acho q é só! Se lembrar de mais, eu conto nos comments do seu próximo post de confissões! ;)

Karina Mochetti disse...

Nunca me confessei, não sou católica e meu pai é ateu. Não fiz comunhão, nem catequese, nem nada... Meus pecados? Pros católicos muitos, pra mim só vida mesmo, erros e acertos... A maior confisão que posso fazer aqui? Eu AMO as Spice Girls!!!! Girl Power! hahahahaha :-P

Fernanda disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fer-IP disse...

1- O que não mata, engorda. E vc tá precisando (engordar, claro).
2- Pra isso não há perdão, sorry. Isso quer dizer que vc vai arder no mármore do inferno! (vai doer...)
3- Vc tá perfeito para ser vendedor da Cultura! Já vendi cada coisa que vc nem imagina...
4- Eu até gosto de praia! Só não curto o sol quente, a areia grudenta e o mar salgado. Fora isso, vambora!
5- Oh...you lucky bastard!
6- Eu ainda tô na fase "ainda não conheço direito" nenhum desses 3.

Beijo, Ric!!!