Às vezes eu gostaria de ter a habilidade de mastigar alguns dos meus pensamentos e cuspi-los longe para tirá-los de dentro de mim. Pensamentos malignos que só fazem envenenar o meu dia, a minha paz e sossego. Estou triste e estou com medo.
No silêncio do meu carro dirigindo na noite de minha cidade, meus neurônios e sinapses se movem em uma velocidade impressionante. Penso em textos, histórias, lembro de fatos, rio sozinho de coisas pelas quais passei nessa vida desregrada. Crio personagens e suas vidas, seus inícios, seus desfechos e seus intermezzos.
Alguém com quem eu me importo muito está doente. Poderia dizer que é meu cachorro e que estou preocupado com ele – isso não deixa de ser verdade, mas, no momento, falo de outra pessoa. Prefiro não citar nomes, nem fazer muitas referências explícitas – uma questão de auto-preservação – mas achei que devia escrever sobre isso, quem sabe assim meus pensamentos tornam-se um pouco mais amenos.
Tenho medo do que pode acontecer, sofro por antecipação. Eu sei que é algo tolo e que não deveria ser assim, mas não consigo ser de outro jeito. Tenho mantido o rosto alegre, a cara contente e sorridente – o máximo possível – mas é só saber da menor chance de algo ruim acontecer que já fico muito preocupado e ansioso.
Poderia ficar aqui enrolando, falando, falando, falando, mas sinto que esse não é o caminho. Nesse muito internético, fiquei com vontade de postar aqui. Esse texto – espero – não vai parar em nenhum dos meus futuros livros. É só uma postagem normal – o sentimento é que não normal, o medo é que não é normal, a raiva de isso estar acontecendo de novo é que não é normal.
Torçam por mim e por essa pessoa que eu tanto amo.
Um comentário:
Muita força amigo. Tudo ficará bem.
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