Caros visitantes,

espero que vocês divirtam-se muito lendo minhas palavras. Peço, porém, por ser esse um trabalho independente, que não republiquem meus textos - inteiros, partes, frases, versos - sem minha expressa autorização. A pena para crime de plágio é dura, além de ser algo bastante humilhante para quem é processado. Tenho certeza que não terei problemas com relação a isso, mas é sempre bom lembrar!

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domingo, 26 de maio de 2013

Vá à merda!

Ando pensando muito ultimamente. Pensando no futuro, pensando nos meus defeitos e qualidades e com quem eu realmente me importo. Às vezes algumas pessoas te irritam, mas aí você pensa que a opinião delas não importa muito e fica tudo melhor. Enfim, pensei sobre o sentimento da inveja e – juro – não quero posar de bom moço aqui, mas não me lembro de ter em nenhum momento da vida sentido inveja de quem quer que seja. Uns anos atrás, quando eu ainda não conhecia nada da Inglaterra e ouvia pessoas falarem sobre suas viagens, eu até ficava invejoso, mas não era nada cáustico. Só ficava pensando “nossa, como seria legal se eu fosse também”. Mas juro que não me lembro de querer que essa pessoa se ferrasse na vida porque ela foi pra Inglaterra e eu não.
A inveja é diferente do ciúme, mas esses sentimentos gostam de trabalhar juntos. Na minha cabeça, a inveja é quando você quer ter o que a pessoa tem ou ser o que a pessoa é e o ciúme é quando você quer ter a relação que a pessoa tem com alguma outra. Namorados ciumentos ficam com raiva de amigos de muito tempo pq suas namoradas tem histórias com eles que os namorados não têm. E não importa se esse tal amigo de muito tempo é gay, a questão não é essa, a questão é “ele viveu algo com ela e que ela gosta de lembrar e eu não estava lá”. Ciúme é sentimento de pessoas egocêntricas e inveja o de pessoas fracas e com baixa auto-estima. O ciúme causa a fofoca, que é a coisa mais destrutiva das relações humanas. A frase que mais aparece na minha cabeça nesses últimos dias é “se cada um cuidasse do seu cu, a vida seria melhor”. Cu aqui é uma metáfora, claro (se bem que em certos casos, nem tão metáfora assim), para vida, assuntos, decisões. Tem tanta coisa acontecendo no mundo, guerras, fome, filmes nova, novela, sabe lá, por que então cuidar da vida do outros?
Eu sei o porquê. Fofocam as pessoas que não são bem resolvidas, que tem dúvidas sobre si mesmas, que precisam estar pro cima para serem aceitas. E que tem vidas de merda. Isso é bastante lógico e quase didático. Se você tem uma vida de merda, pobre, desinteressante, a única chance de ter alguma emoção é falando daquelas pessoas que tem vidas interessantes. Na sua cabeça, as qualidades daquela pessoa são tão evidentes que vale mais a pena falar dos defeitos, dos erros, das falhas. Acho que cada um devia cuidar de suas falhas e não das dos outros. Cada um cuidar do seu cu. (Ainda vou propor isso como slogan de alguma campanha política.).
Outra coisa que me irrita é criticar sem saber o motivo e depois que algo já está feito. Depois que foi tudo preparado, feito, é fácil chegar e dizer “ah, eu acho que isso deveria ter sido feito assim ou assado”. Quero ver estar lá, quebrar cabeça, dar a cara para bater, ou o cu, se formos seguir a linha pouco educada desse texto.
Inveja, ciúme, picuinha, tudo coisa de gente pequena. Todos temos defeitos, sei disso. O meu é o ciúme. O meu signo taurino me faz ser extremamente possessivo e temperamental e isso às vezes é um saco para mim, imagina para quem convive comigo. Preciso cuidar (e acho que tenho melhorado) do meu ciúme. Ciuminho eu acho legal, um chamego, uma reclamação, tá tranqüilo, tá beleza, o que não pode é o troço doentio. Isso eu nunca fui, doentio, não. Mas fico aqui caraminholando umas coisas na cabeça e isso também não é bom.

Acho que o meu pior defeito é o de não falar, o de guardar. Eu sou o presidente da república do “deixa disso” e é péssimo. Eu sofro muito mais do que todo mundo e só dificulto a convivência e afasto os outros. É normal brigar, é normal discutir, xingar e fazer as pazes depois, mas eu guardo tudo e não perdôo fácil. Nesse assunto, as pessoas têm uma aliada que é a minha péssima memória. Pode acontecer de eu ter ficado muito bravo contigo por algo motivo e já ter esquecido. Se isso aconteceu, já estou te mandando atrasado à merda! Vá à merda!   Estou fazendo um esforço muito grande pra falar tudo que eu penso. Não é preciso brigar, mas pode ser necessário de vez em quando e isso não é o fim do mundo. Isso faz mais bem do que mal, eu acho. 

2 comentários:

A Ex de Murphy disse...

Título bem escolhido esse seu... rs

Sobre esse seu pior defeito, deixa eu contar que se o senhor é o presidente da república do “deixa disso”, sou grã-chanceler da galáxia nisso aí e realmente é péssimo.

A diferença é que minha memória é ótima e lá fico eu sem dar um A e guardando tudo na minha honorável cabeça. Fiz um projeto pra mudar isso, mas por aqui não rolou muito não. Portanto, vou torcer pelo seu. Mande o mundo às favas sim, quando for preciso e sem medo de ser feliz, mas não esquece que perdoar é uma arte e dá tanto trabalho quanto um “vá à merda” bem dito.

Boa sorte.

Karina Mochetti disse...

Esse último parágrafo aí dava um processo de plagio, já que eu vivo te dizendo isso!!!! :)